Inflação Desacelera em Janeiro e Registra Menor Índice Desde 1994

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (11) os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no Brasil.

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Inflação Desacelera em Janeiro e Registra Menor Índice Desde 1994
Setores de transporte e alimentação exerceram pressão sobre o índice, com os preços dos transportes aumentando em 1,3% e os de alimentos e bebidas subindo 0,96%

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (11) os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no Brasil. Segundo o levantamento, a taxa de inflação para janeiro foi a menor registrada para o mês desde 1994, indicando um alívio para o bolso dos brasileiros.

Queda nos Preços

O resultado foi impulsionado, principalmente, pela redução no preço de alimentos e combustíveis. O setor de alimentação e bebidas registrou uma leve deflação, com destaque para a queda nos valores do arroz, feijão e carnes. Já os combustíveis apresentaram retração devido à estabilidade no preço do petróleo no mercado internacional.

Além disso, a política monetária adotada pelo Banco Central, com a manutenção da taxa Selic em patamares elevados, ajudou a conter a demanda e evitar pressões inflacionárias excessivas.

Impactos no Mercado e na Economia

Especialistas apontam que a desaceleração da inflação pode abrir espaço para cortes na taxa de juros nos próximos meses, incentivando o crédito e estimulando o crescimento econômico. "Se essa tendência se mantiver, podemos esperar uma flexibilização da política monetária ainda este ano", afirmou o economista Roberto Souza.

Apesar da boa notícia, alguns setores ainda registram altas, como o segmento de serviços, que continua impactado pelo reajuste salarial e custos operacionais.

Expectativas para 2024

O governo avalia que a tendência de queda da inflação deve se manter ao longo do ano, permitindo mais previsibilidade para consumidores e empresários. No entanto, fatores externos, como o cenário internacional e a política fiscal, seguirão sendo determinantes para o comportamento dos preços no Brasil.

Analistas recomendam que os consumidores aproveitem o momento para reorganizar suas finanças e evitar endividamentos desnecessários. Com a perspectiva de juros menores, o mercado imobiliário e o setor varejista podem ser beneficiados nos próximos meses.